domingo, 11 de setembro de 2011

CÂNONE, OU A VÃ GLÓRIA DE LER E ESCREVER

Melhor seria, talvez, que os poetas fossem anónimos, dizia aquele que não nos atrevemos sequer a não citar, não nos caia o céu em cima das cabeças.
O senhor Borges, por questões que se atêm à biologia da espécie, não poderá estar no tanque do Bartô para se defender, mas faremos os possíveis para continuar a citá-lo, com ou sem razão para tal.
Ulisses, Beatriz, Dom Quixote, Madame de Bovary, Gregory Samsa, Leopold Bloom... Água, oxigénio,carbono, hidrogénio, ficções: uns mais, outros menos, mas todos integramos na nossa constituição, na nossa humanidade, na nossa vitalidade, a necessidade da narrativa. Por elas fizeram-se guerras, revolucionaram-se sociedades, instituíram-se costumes, mudaram-se leis. O cânone literário integra o tecido vivo do legado imaterial da humanidade e ignorá-lo seria como rejeitar o oxigénio que nos dá vida.
Nesta sessão do PARA ACABAR DE VEZ COM A LEITURA, perguntamos aos nossos ilustres convidados, Maria do Rosário Pedreira, Miguel Real, Ricardo Duarte e Juva Batella, quem são, afinal, os santinhos da literatura? E como chegaram os ditos ao nosso altar? O que ler e porquê; como sobreviver nesta dupla ficção que é o cânone literário?

4ª feira no Bartô do Chapitô, pelas 21h30, entrada livre, presença obrigatória.

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